Archive for fevereiro 2011

Marrocos (Parte VII)

Não tinhamos grande curiosidade em conhecer as grandes cidades cosmopolitas e por isso não faziam parte dos planos mais ou menos delineados, mas viajar ao sabor do vento é mesmo assim e desta vez acabamos por ir parar a Rabat. Já com umas horas de viagem o corpo pede descanso, temos estacionar em algum lado, Rabat, porque não? Final do dia, trânsito intenso, gente, gente e mais gente pelas ruas, quase impossivel encontrar um buraquito para parar o carro e procurar dormida. Com cama garantida, fomos para as ruas apinhadas de vendedores de chão, pessoas a comprar, a comer, a passear, ninguém nos chateia, que estranho. Os couscous e as brochetas reconfortaram o estômago, o passeio pela medina cheia de vida deixa a sensação de que Rabat é muito agradável.

Sobre um céu azul, as cores brancas e azuis das casas pitorescas dentro da Kasbah des Oudaias sobressaem ainda mais, os becos e as ruelas labirínticas são cuidadas e limpas. Que calor bom, procuramos uma sombra, encontramos muitas no lindo Jardim Andaluz pertencente ao palácio que alberga o Museu Nacional de Joalheria.
De volta à medina, o ambiente é calmo, muitas lojas fechadas, é feriado Muçulmano, e Rabat é um encanto e há muito para ver e não apetece sair dali.


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Marrocos (Parte VI)

Eis Mazagão, actual El Jadida, os portugueses construiram aqui um forte em 1506 para proteger os navios em rota pela costa Africana, a antiga cidade, hoje conhecida por Cité Portugaise é uma medina meio adormecida que mantém ainda uma certa identidade portuguesa. As muralhas são um gigante ocre encimadas por quatro bastiões. A igreja da Assunção está fechada ao público e parece deslocada no tempo , mesmo ao lado a grande mesquita com o seu minarete pentagonal isso porque foi em tempos um farol. O ex-libris é sem dúvida a Citerne Portugaise, o seu espelho de água iluminado por uma única entrada de luz faz com que pareça um lugar mágico e no silêncio ouvem-se as gotas de água a cair. Perto da porta do mar sobe-se a rampa e percorre-se uma boa parte da muralha, o resto está em obras, nas ruas o lixo acumula-se em becos e cantos, os miúdos jogam à bola numa praça de terra batida. Meia dúzia de lojas para turista ver. Ruas com nomes em português e uma arquitectura familiar.


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