Meninas...

No galinheiro, agora, só há meninas. São elas as senhoras do espaço com a poedeira preta a comandar. As restantes seguem-na para todo o lado. Agora que a horta está adormeçida, já têm ordem para sair. De manhã abre-se a porta, durante o dia andam livres, e ao anoitecer vão em fila para dentro. A porta tem de ficar bem fechada. Anda uma raposa a rondar que já fez das galinhas da vizinha um jantar apetitoso.







Tivemos um encontro imediato com a raposa há uns tempos atrás. O lixo estava na rua, ouviu-se um barulho estranho. Corremos a ver o que se passava e demos de caras com uma raposa sem vergonha nenhuma a roer um osso acabadinho de roubar do lixo. Não se assustou, não fugiu. Ficou ali a roer e nós quietos a olhar aquele bicho fantástico com cauda espessa, orelhas pequeninas e focinho fino. Finalmente foi embora deixando-nos boquiabertos e maravilhados. Nunca mais a ouvimos ou vimos (o lixo já não fica na rua), mas supostamente deve voltar todas as noites...

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