Quem diria que num local onde o solo é areia, onde as plantas que resistem estão adaptadas a este meio, onde para ter jardim e horta é preciso regar todos os dias... iriam apareçer espécies que gostam de ambientes húmidos... Foi com surpresa que vi cogumelos e fetos. Cogumelos que nasceram numa pinha e fetos bem encostadinhos ao tronco de uma oliveira. :D
Archive for outubro 2009
Geleia de marmelo
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28 outubro, 2009
Depois da marmelada, para aproveitar as cascas e as sementes, fiz geleia. Ficou muito saborosa mas teve um senão... como deixei ferver tempo demais, está com textura de caramelo. Come-se como se fosse um rebuçado... hehehe, nem sempre corre bem...
Cascas e sementes de marmelos
Água para cobrir as cascas
Açúcar em igual peso ao volume ao filtrado (usei 2/3)
Leva-se a ferver cerca de 30 minutos (15 minutos na panela de pressão) as cascas e as sementes dos marmelos, em água suficiente para as cobrir. Retira-se e coa-se num passador de rede metálica, fazendo pressão com a colher de pau para extrair todo o suco gelatinoso das cascas. Mede-se o volume obtido e mistura-se com o peso equivalente em açúcar. Ferve até que, ao colocar um bocadinho num prato, passando o dedo, faz estrada e coloca-se em frascos esterilizados com tampas metálicas. Tapam-se de imediato e viram-se com a tampa para baixo.
Tecidos novos
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27 outubro, 2009
Meninas...
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26 outubro, 2009
No galinheiro, agora, só há meninas. São elas as senhoras do espaço com a poedeira preta a comandar. As restantes seguem-na para todo o lado. Agora que a horta está adormeçida, já têm ordem para sair. De manhã abre-se a porta, durante o dia andam livres, e ao anoitecer vão em fila para dentro. A porta tem de ficar bem fechada. Anda uma raposa a rondar que já fez das galinhas da vizinha um jantar apetitoso.
Tivemos um encontro imediato com a raposa há uns tempos atrás. O lixo estava na rua, ouviu-se um barulho estranho. Corremos a ver o que se passava e demos de caras com uma raposa sem vergonha nenhuma a roer um osso acabadinho de roubar do lixo. Não se assustou, não fugiu. Ficou ali a roer e nós quietos a olhar aquele bicho fantástico com cauda espessa, orelhas pequeninas e focinho fino. Finalmente foi embora deixando-nos boquiabertos e maravilhados. Nunca mais a ouvimos ou vimos (o lixo já não fica na rua), mas supostamente deve voltar todas as noites...
Nas dunas...
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22 outubro, 2009
Crescem indiferentes ao ambiente agreste. São resistentes mas aparentam fragilidade. Aparentam rudez mas são delicadas.
Sejam elas espinhosas...
Sejam elas ásperas...
Sejam elas venenosas...
Floresçam elas em formas estranhas...
...para produzirem sementes mais estranhas ainda...
Pareçam elas doçes...
São alguns exemplos da flora fantástica que se vê pelas dunas. Um ecossistema onde sobrevivência é palavra chave. Um reino onde são elas as rainhas.
Praia do Pego
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21 outubro, 2009
Num dia cinzento. Com chuva. Com vento. Ir à praia é diferente. Os cheiros estão mais fortes. A maresia quase se confunde com chuva. O cinzento do céu dá ao mar uma cor ameaçadora, escura. As ondas rebentam furiosas. Pareçe que o mar está zangado. Devia estar... (eu estou!)... com tanto lixo acumulado na areia, plásticos, beatas de cigarros... mas não está, é só uma manifestação da força implacável da natureza.
Primeiras chuvas
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20 outubro, 2009
Acordar com o barulho da chuva a cair. Ficar enroscada no quentinho a ouvir o vento lá fora. Levantar-me e sentir o cheiro molhado do campo. Ver a azáfama da passarada chilreante e os Bzzzzzzz de quem quer aproveitar os últimos polens para a despensa de inverno... E depois descobrir coisas novas por aqui...
Bagas...
Flor de Nespereira...
Bzzzzzzz...
Limãozinho...
Outono bom!
Manteiga condimentada de abóbora
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17 outubro, 2009
Chegou a vez das abóboras. Queria fazer algo pouco convencional e para isso recorri mais uma vez ao meu livro preferido no que diz respeito a compotas e afins... Esta é sem dúvida uma sugestão diferente à qual não resisti... O autor escreve: "Esta manteiga flamejante sabe a Outono", e eu subscrevo.
A mistura de especiarias moídas deixa um cheiro fenomenal pela cozinha.
2 kg de abóbora descascada e sem pevides
600 g de açúcar mascavado
1 pau de canela
1/2 noz moscada
6 cravinhos
raspa e sumo de 2 limões
Põe-se a abóbora cortada em pedaços num tacho com um pouco de água e coze-se durante 10 minutos. Escorre-se bem e tritura-se até ficar em puré macio. Moem-se as especiarias num almofariz e juntam-se ao puré. Incorpora-se o sumo e a raspa dos limões e mexe-se muito bem. Vai a lume brando e deixa-se ferver durante 60 a 90 minutos até ficar muito espessa, mexendo com frequência. A mistura precisa de uma longa cozedura para condensar e formar a manteiga. Está pronta quando o puré começar a pegar no fundo do tacho por mais que o mexa. Deite-a em frascos esterilizados quentes e vede.
Vou fazer novamente... É que a abóbora cozida reduziu tanto que só rendeu 3 frasquinhos. Deliciosa como ficou, não vai durar muito... ;)
Marmelada
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13 outubro, 2009
Com uma quantidade suficiente de marmelos, foi a vez de me aventurar na confecção de marmelada, também conhecida como queijo de marmelo.
1 kg de marmelos
750 g de açúcar
sumo de 2 limões
Descascar e cortar os marmelos. Levar ao lume na panela de pressão, cobertos de água, durante 20 min. Passar os marmelos cozidos e escorridos com a varinha mágica ou com o passevite. Colocar o puré num tacho alto, juntar o açúcar e o sumo de limão. Deixar cozinhar em lume brando durante uns 20 min, mexendo com frequência. Aumentar o lume para médio e deixar cozinhas até o puré ficar muito espesso e mais escuro. Convém ir mexendo constantemente porque pode pegar-se ao fundo do tacho com muita facilidade. Deitar a marmelada em tigelas e acamar com folha de papel vegetal. Deixar ao ar, de preferência seco para ganhar consistência de queijo.
É óbvio que por aqui ninguém teve paciência para esperar que a marmelada solidificasse o suficiente para se cortar em fatias... Ficou com um sabor intenso a marmelo. Boa. Muito boa.
Massa Filo enrolada com recheio "três sabores"
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12 outubro, 2009
Era suposto ser "massa filo enrolada com recheio de maçã", mas a quantidade de maçã não foi suficiente para encher a tarteira. Vai daí tive de me desenrascar... recheei os restantes rolos com doce de cenoura e compota de uvas. Gostei de ver as cores quando cortei uma fatia. Gostei da mistura de sabores.
Comecei por fazer o recheio com 5 maçãs, que pelei e cortei aos bocadinhos. Coloquei-as num tacho com muito pouca água, raspa de limão, canela e 2 colheres de sopa de açúcar. Deixei ferver 10 a 15 minutos. Depois retirei do lume e deixei arrefecer.
À parte, untei uma tarteira com margarina. Com um pincel untei também, uma a uma, as folhas de massa filo com margarina derretida e recheei-as com a maçã cozida, e , quando esta acabou recheei com doce de cenoura e as duas últimas folhas de massa com doce de uvas. Enrolei com cuidado, para não rebentar, cada base de massa e fui preenchendo a forma de tarde a partir da periferia. Levei ao forno a 200º C durante 10 minutos com uma folha de alumínio por cima. Depois retirei a folha de alumínio e deixei a massa alourar durante 10 a 15 minutos. À saída do forno polvilhei com açúcar e canela.
É óbvio que aquela quantidade de maçãs não foi suficiente. Numa próxima oportunidade vou duplicar a quantidade de maçãs, ou talvez, quem sabe, rechear com compotas diferentes... ;)
Doce e Compota de Melancia
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09 outubro, 2009
Uma melancia gigante já madura demais foi direitinha para a panela, ou melhor, panelas. Aproveita-se o miolo e a parte branca, só se deita fora a casca. Em vez de um tipo de doce temos dois tipos com sabores completamente diferentes, cada um melhor que o outro.
Lava-se a melancia, parte-se, descasca-se, retiram-se as sementes, separa-se o miolo da parte branca, coloca-se o miolo num recipiente e a parte branca em outro recipiente.
Para o doce:
Cobre-se as partes brancas com água onde se dissolveu uma pitada de sal e deixa-se repousar umas horas (eu deixei durante a noite). Escorre-se, passa-se por água limpa, escorre-se novamente, corta-se em pedaços pequenos, pesa-se e coloca-se num tacho com igual peso de açúcar (a minha rendeu 1 kg). Para este kg, adicionei sumo de 1 limão, 1 pau de canela, 4 cravinhos e 1/2 litro de água. Foi ao lume a ferver. Está pronto quando a fruta fica translúcida e brilhante (este doce não fica muito sólido). Retiram-se os cravinhos e o pau de canela e verte-se em frascos escaldados.
Para a compota:
Para o doce:
Cobre-se as partes brancas com água onde se dissolveu uma pitada de sal e deixa-se repousar umas horas (eu deixei durante a noite). Escorre-se, passa-se por água limpa, escorre-se novamente, corta-se em pedaços pequenos, pesa-se e coloca-se num tacho com igual peso de açúcar (a minha rendeu 1 kg). Para este kg, adicionei sumo de 1 limão, 1 pau de canela, 4 cravinhos e 1/2 litro de água. Foi ao lume a ferver. Está pronto quando a fruta fica translúcida e brilhante (este doce não fica muito sólido). Retiram-se os cravinhos e o pau de canela e verte-se em frascos escaldados.
Para a compota:
Com 4 kg de miolo de melancia, pesei 2,5 kg de açúcar. Corta-se o miolo em pedaços, adiciona-se o açúcar e deixa-se a maçerar umas horas ( também deixei de um dia para o outro). Coloca-se numa panela alta, junta-se dois limões grandes cortados em quartos com casca. Deixa-se ferver lentamente até ficar espesso. Retiram-se os quartos de limão, e coloca-se em frascos escaldados.
Ambos deliciosos... :D
Ambos deliciosos... :D
Afinal em que estação do ano estamos???
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08 outubro, 2009