Archive for abril 2011

Mesmo aqui ao lado da selva urbana há uma outra selva... Monsanto. Em dias de calor é bom passar para o lado de lá, embrenharmo-nos na sombra dos pinheiros mansos, no cheiro a flores silvestres, descobrir caminhos novos que afinal vão dar a uma horta, a uma casa, a um quintal...

Por estes dias a quantidade de polens no ar é de tal maneira que não dou um passo sem espirrar que nem uma maluca, mas isso não me faz voltar para trás, pelo contrário, dá-me uma grande vontade de rir. Porquê? Porque cresci no campo e fiquei com estas alergias tolas precisamente quando fui viver para a acidade. Irónico não é? 

Muito bons, não muito doces, excelentes com um chá... Gosto particularmente do sabor da linhaça torradinha, mas para quem não tiver sementes de linhaça pode usar sementes de sésamo, ficam bons tal e qual.

Coloquei papel vegetal num tabuleiro e liguei o forno. Misturei a farinha, o açúcar, a manteiga e o ovo. Amassei muito bem até a massa ficar moldável mas não muito dura. Poderia ter usado o rolo da massa para fazer as bolachinhas mas preferi fazer à mão umas bolinhas do tamanho de nozes que depois achatei para dar a forma de bolacha e fui-as colocando no tabuleiro um tanto separadas umas das outras. Misturei a gema com a água, pintei as bolachinhas por cima e polvilhei com as sementes. Foram ao forno bem quente até ficarem lourinhas (uns 15 min no meu forno). 

Desapareceram num instante da caixa porque acompanharam um chá de menta... Muito bons mesmo.

As varandas cá de casa são pequenas mas espaço para flores, plantas e aromáticas arranja-se sempre. As rosas são as novas meninas do pedaço. A hortelã produz o suficiente para fazer litros de chá de menta marroquino. A Salsa vai direitinha para o tacho. O agrião serve para as saladas ou sopa. E depois... volta e meia aparece uma espécie estranha que gosta de ocupar os vasos disponíveis...