Archive for julho 2009

Montado de Sobro

O Sobreiro, ou Sobro é uma árvore da família do Carvalho. Desenvolve-se principalmente no Alentejo, havendo no entanto diversas espécies espalhadas por todo o país. Tem uma copa enorme, não muito densa e os seus ramos convidam-nos a subir e a ficarmos aninhados. Só começam a produzir cortiça passados pelo menos 25 anos e as suas bolotas alimentam um sem número de animais selvagens e domésticos.







Passou recentemente na televisão um documentário da BBC sobre o Montado Alentejano, só que em horário menos nobre, o que fez com que tenha passado despercebido à grande maioria das pessoas, eu incluida. Mas vi-o depois e surpreendi-me pela positiva. Muito bem feito, estruturado e explícito. Fiquei, por exemplo, a saber o nome de muitas aves que andam por aqui e nem sonhava o que eram. Vale a pena ver. Deixo aqui o link. ;)

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A Ema passou esta semana connosco. Foram passeios, idas à praia, mergulhos na piscina, e muita brincadeira. Divertiu-se a colher legumes na horta e refilou na hora de ajudar a lavar a loiça... Pequena alentejana...





Fez uma colecção de pequenas coisas que ia encontrando nos passeios pelo campo. Quis tirar fotos. Escreveu um texto e escolheu fotos para ficar tudo registado aqui no blog. Princesa linda. :D

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Post da Ema

Num dia lindo de sol, eu e o meu tio fomos dar um passeio a uma mata. Ouvimos lindos sons, sons de pássaros, foi lindo. Vimos pegadas de animais, o meu tio disse-me que era de coelhos ou lebres.
Toquei e vi coisas que nunca tinha visto ao vivo, como a cortiça logo a seguir a ser arrancada de um sobreiro.





Apanhamos pinhões e comemos á sombra de um pinheiro.







Vimos também duas casas em ruínas. Uma delas tinha um forno para fazer pão. Devia ser uma padeira e uma casa ao lado, onde vivia.





Também havia por perto alguns eucaliptos.





Apesar do incómodo das moscas o passeio valeu a pena. Gostei muito.

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Colheitas

Está a passar a fase das courgettes e dos pepinos, estão a produzir menos. Chegou em força 0 tempo do tomate e do pimento. Todos os dias sai da horta muito mais do que é possível consumir em tempo real...



E as abóboras começam agora a ficar boas...



Com tanta quantidade de legumes a acumular-se em caixas e alguidares seria desperdício deixar que se estragassem. As hipóteses são muitas: doces e compotas, conservas, pickles, congelar, mas já vai faltando espaço no congelador e nos armários... Não há "bela sem senão". :D

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Arrozais

Na zona do Estuário do Sado faz-se o cultivo do arroz. Acompanhei o processo de cultivo desde o alagar dos campos, à sementeira, ao crescimento... Posso dizer que são os campos cultivados mais bonitos que já vi. Extensões a perder de vista de um verde intenso que contrasta com os verdes em redor.
Sendo zonas húmidas artificiais, os arrozais são um sistema muito interessante para conservação da natureza. São um biótopo que aumenta a diversidade de habitat para aves, répteis, anfíbios e mesmo mamíferos que os percorrem à procura de alimento.









De entre os animais que se vislumbram por aqui, quem chama imediatamente à atenção são as cegonhas. Pelo seu porte majestoso, pelo voo planado e gracioso, pelos sons que produzem ao baterem o bico (gloterar). As cegonhas não têm faringe portanto não emitem sons vocais. Era suposto migrarem para outras paragens, mas decidiram ficar por cá a tempo inteiro.

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Cais Palafítico

Na Carrasqueira, perto da Comporta, em pleno Estuário do Rio Sado, existe um emaranhado de estruturas, o Cais Palafítico, que surgiu por volta dos anos 50 e foi crescendo desde essa altura até aos dias de hoje. Possibilita aos pescadores da zona passarem sob as extensas áreas de lodo permitindo o acesso às embarcações e a própria faina durante a baixa-mar. Cada passadiço esconde pelo menos dois pequenos embarcadouros individuais, povoados de barcos de cores garridas e nomes sugestivos.











Os pescadores eram poucos naquela época. As populações locais foram abraçando cada vez mais a pesca como complemento à agricultura. Chegando à conclusão que afinal a pesca era mais lucrativa, inverteram-se os papéis. No entanto a agricultura não foi posta de parte. O muro de maré continua a proteger os campos agrícolas do avanço das águas. Aqui, a pesca não é só trabalho de homens, as mulheres não ficam em terra a ver os barcos partir. Eles trabalham juntos. Ombro a ombro.
Estas fotos foram tiradas pela Joana G. durante a maré baixa. Quando visitei o local, estava tanto vento e tanto frio que nem conseguia tirar as mãos dos bolsos nem pensar em tirar fotos. A maré estava cheia e as águas revoltas dando uma sensação de enjoo. ;)
A visão do cais deixa-nos estarrecidos... parece que estamos a recuar no tempo.... parece irreal, mas existe e deslumbra.

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Colmo

No litoral alentejano, zona de arrozais onde o calor é intenso durante o Verão, as casinhas tradicionais eram em colmo com tectos em caninha, frescas e arejadas. Surgiram as telhas e as horríveis chapas de zinco que são mais fáceis de aplicar e requerem menos manuteção… O crescente interesse pela arquitectura popular mais tradicional fez com que cada vez mais construções sofram obras de reconstrução aproximadas ao modelo original. Até mesmo a habitação para turismo está a apostar na construção das casas de colmo.









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Princesa do Alentejo

Situada na foz do rio Mira, em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, Vila Nova de Milfontes é uma vila pesqueira com uma forte ligação ao mar o que lhe confere uma beleza natural inigualável. Pelo estuário do Mira andaram celtas, fenícios, gregos, cartagineses e, claro, romanos e árabes. Agora andam turistas aos montes... :D






Forte de São Clemente, imponente sobre o estuário, actualmente uma unidade hoteleira que a meu ver o descaracterizou.













Vila aconchegante quando se passeia pelas ruas do centro histórico. Vila de certa forma despida de interesse quando nos afastamos do centro. É a construção desenfreada de habitação para férias numa vila de turismo de verão. A pacatez e a calma desaparecem para dar lugar a um frenesim de gente em lojas, restaurantes e cafés, basicamente abertos para turista usufruir.
Caminhar pela areia começando no estuário, passando a linha invisível que separa rio e mar, continuar pela praia fustigada por rajadas de vento e mar inquieto, leva-nos a esqueçer a confusão lá em cima. É bonito demais. E na outra margem... há arribas e escarpas, ambiente selvagem que vale a pena espreitar e sentir, há prainhas perdidas quase desertas onde apetece ficar. Só nós, o areal, o mar, o sol...

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Panacotta de Iogurte Grego

Numa ida às compras, por engano, trouxe iogurte grego em vez de iogurte natural. Ainda gastei dois copos. Cá em casa temos usado a iogurteira frequentemente e os iogurtes ficam excelentes. Mas a consistência usando o iogurte grego, era mais parecida a natas batidas do que a iogurte normal, bom sem dúvida, tipo sobremesa. Decidi então usar o restante iogurte grego numa verdadeira sobremesa...
Pesquisei e encontrei neste blog, exactamente o que queria...





Não fiz alterações à receita original. A única diferença é que em vez de compota de frutos silvestres, usei a compota de ameixa feita à uns tempos atrás. Muito sinceramente, este tipo de sobremesa fica bem com qualquer tipo de compota ou doce... (isto é uma gulosa a falar) ;)

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Vila Morena

Grândola, conhecida como Vila Morena graças à canção composta e cantada por Zeca Afonso, que foi utilizada pelo movimento das forças armadas como senha para a revolução do 25 de Abril. A memória desse tempo continua marcada na vila, em praças, memoriais e monumentos à liberdade e a Zeca Afonso.













Vila típicamente alentejana onde tudo corre devagar, devagarinho, parado. Onde é um drama pedir indicações, porque a explicação é quase imperceptível... (ahhh a menina vira ali à frente pra cima, desce a rua a seguir e depois vira pra baixo, segue em frente e continua... é já ali). :D
Para quem está habituado aos stresses da cidade, é estranho. Tem de se trazer à memória a palavra "paciência" e em doses industriais, seja nas ruas, nos cafés ou nos serviços públicos! Mas é sem dúvida uma gente muito simpática e generosa.

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