Archive for agosto 2009

Formigas

Vê-se formigas por todo o lado. Umas grandes, outras pequenas. Umas agressivas, outras pacíficas. A azáfama é grande a tentar encher a despensa para o inverno. Volta e meia dá-se de caras com os formigueiros. Alguns particularmente grandes. Funcionam em comunidades altamente bem organizadas onde cada indivíduo tem funções específicas.









Entram no formigueiro com as palhinhas cheias de sementes, retiram as sementes e saem com as palhinhas vazias fazendo um amontoado à entrada. Trabalham desde o final da tarde até ao amanheçer. Nas horas de calor o formigueiro está adormecido. Quando começa a refrescar é a correria. Não há tempo a perder...

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Hot, hot, hot

Na horta restam poucas coisas. Com o calor imenso que tem feito, algumas plantas espigaram. As que não foram afectadas pelo calor estão a morrer por causa das toupeiras. Resistem os pimentos, as abóboras, os tomateiros e as malaguetas...








Hot, hot, hot

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Amêndoas

Ontem foi dia de apanha de amêndoas... :D









Agora estão a secar. Depois vão ser feitas coisas boas com elas... nhammm ;)

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Prenúncio de Outono

Está calor, estamos em meados de Agosto, em pleno Verão... Mas vão aparecendo sinais de que o Outono se aproxima vertiginosamente. As árvores estão a ficar com as cores quentes que o caracterizam.







O tapete de folhas está a formar-se dando um aspecto aconchegante ao jardim...





As sementes estão maduras, preparadas para começarem um novo ciclo. Daqui a uns tempos as árvores vão estar despidas, preparadas para enfrentar mais uma estação fria...

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Vida de "Boo"

Comer, dormir, vadiar, descansar, não necessáriamente por esta ordem. De uma forma geral é assim o dia-a-dia do gato. Pelo meio há brincadeira, perseguições alucinantes a lagartixas. Até se dá ao luxo de refilar quando chega a hora de vir para casa... :D











Faz companhia quando andamos a tratar da horta e adora beber água da piscina, torneiras ou mangueiras, bacias... ehehe, mas no que toca a tomar banho... Ui... :D

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Abandonadas

Caminhando pelas redondezas damos de caras com casas e herdades abandonadas. Locais de sonho, perdidos entre pinheiros, oliveiras e sobreiros. Vítimas da desertificação. "Os novos já não querem saber disto, foram para a cidade e nunca mais voltaram" - dizem os mais velhos, os que só quando morrerem vão abandonar as suas terras e as suas casas. Uma ponta de tristeza no olhar, uma lágrima no canto do olho, uma resignação de quem nada pode fazer para mudar vontades nem mentalidades.





Outrora cheias de vida atarefada, estas casas são agora abrigo de caçadores, refúgio de animais e aves, até nada mais restar senão as ruínas.





Pinheiros mansos que não são aparados faz anos, com a sua copa imensa quase a rasar o chão, convidam a um piquenique sob o seu tapete de carumas macias ou simplesmente a um descanso, a um contemplar o silêncio ou o chilrear dos milhentos pássaros das redondezas. Ainda há quem goste disto. Ainda há quem queira fugir da cidade para se refugiar no meio do nada. Eu quero.

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Agora...

Na horta, agora, começa o reinado do feijão verde e do feijão branco...



do melão...



da melancia...



abóbora menina (esta com aspecto de cabaça, capricho da natureza)...



e milho doce.





Lembro-me, em pequena, de ir com o meu avô para os milharais regar, sachar. Enquanto ele trabalhava eu brincava. No mundo imaginário que eu criava, as barbas do milho eram cabelos de bonecas, as folhas eram vestidos, histórias de princesas que evoluiam com o que tinha à mão. :D
Depois vinham as colheitas. As espigas ficavam na eira a secar. As escamizadas eram sinónimo de festa, canções e desgarradas pela noite fora. Malhava-se as maçarocas para soltar o milho que ia servir para alimentar os animais e para fazer farinha. A broa da minha avó acabada de sair do forno tinha um cheiro divinal. Lambuzava-me com uma fatia quentinha barrada de manteiga ou simples com azeitonas. Sabores que já perdi mas que continuam vivos na minha memória. Bons tempos aqueles. Bons tempos agora... ;)

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Doce de mirtilos

A vizinhança por aqui é generosa. Volta e meia estamos a receber melancias, batatas, bolos. Desta vez foram mirtilos. E mais uma vez a quantidade era tanta que teve de se arranjar uma solução de emergência para não se estragarem: doce de mirtilos.







1 kg de mirtilos
sumo de 4 limões
1 kg de açúcar (usei 750 g)
115 g de pectina* líquida (não usei)

Colocam-se o mirtilos numa panela funda juntamente com 150 ml de água e o sumo dos limões. Leva-se a mistura ao lume até levantar fervura, depois baixa-se o lume, tapa-se e deixa-se cozinhar em lume brando durante 10 min, ou até os frutos amolecerem.
Adiciona-se o açúcar, mexendo em lume brando até o açúcar se dissolver. Aumenta-se o lume e dá-se uma fervura rápida durante 3-4 min.
Junta-se a pectina e deixa-se ferver por mais um min até solidificar.
Deita-se em frascos esterilizados quentes e veda-se.
Nota: Como não tinha pectina, tive de deixar ferver bastante o doce até fazer ponto estrada.

*A pectina é uma fibra solúvel que existe naturalmente em alguns frutos, quando combinada com açúcar e ácido forma uma aglutinação que faz com que o doce ou compota solidifique. Um fruto pobre em pectina precisa de mais tempo de fervura para atingir a concentração correcta de pectina. Adicionar pectina extra permite um tempo de fervura mais curto e, por conseguinte um sabor mais fresco.

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